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quarta-feira, 4 de abril de 2012

DKW

A Auto Union foi criada pela união de quatro fábricas alemães de automóveis: a Audi, a DKW, a Horch e a Wanderer, fundada em 1932, durante a Grande Depressão ou Crise de 1929, foi uma grande depressão econômica que teve início em 1929, e que persistiu ao longo da década de 1930, terminando apenas com a Segunda Guerra Mundial.
O símbolo da Auto Union. Das quatro argolas, da esquerda para a direita,…A empresa passou pelas mãos de diferentes grupos depois da Segunda Grande Guerra e desde 1965, quando foi adquirida pela Volkswagen, evoluiu à empresa Audi atual.
O símbolo da Auto Union consiste em quatro anéis entrelaçados em uma linha horizontal, cada um deles representando uma das quatro empresas originais. As quatro argolas em uma linha reta, para evitar confusão com as cinco argolas do símbolo associado ao Comitê Olímpico e às Olimpíadas.
As quatro empresas continuaram razoavelmente autônomas logo após a fusão, inclusive utilizando suas próprias marcas comerciais. O símbolo com as quatro argolas era inicialmente utilizado apenas para as pistas de corrida. Atualmente, as quatro argolas compõem o símbolo da Audi.
…a primeira para a Audi… (Na foto, um Audi tipo E.)A Horch surgiu no início da indústria automobilística, no início do século XX, especializada em automóveis luxuosos de alto desempenho. Seus automóveis eram considerados melhores que os oferecidos pela Mercedes e pela Benz, quando estes ainda atuavam independentemente. Seu fundador, expulso pelos acionistas, participou da fundação da Audi em 1910.
A Wanderer atuou entre 1911 e 1939, tendo se especializado em carros com forte apelo esportivo.
…a segunda para a DKW… (Na foto, um DKW F7 de 1936.)Com o advento da Segunda Grande Guerra, a Auto Union se tornou um dos maiores fornecedores de automóveis para as forças armadas da Alemanha, encerrando suas atividades civis em 1940 e retornando apenas no final da década.
Após a Segunda Grande Guerra, a Alemanha empobrecida oferecia mercado apenas para os simples e robustos carros da DKW, que foi a única a permanecer ativa. Sempre produzindo automóveis com motores de dois tempos com tração dianteira.
…a terceira para a Horch… (Na foto, um Horch 853 Cabriolet.)Com a aquisição pela Volkswagen, a DKW e os motores de dois tempos foram engavetados, abrindo espaço para o ressurgimento da Audi. O último modelo da DKW, o F102, recebeu um novo motor de quatro tempos, com quatro cilindros, que serviu de ponto de partida para os atuais modelos da companhia.
A equipe de corridas da Auto Union foi a maior oponente da Mercedes-Benz nos Grandes Prêmios dos anos 1930. As "Flechas de Prata" dessas duas equipes não apenas dominaram os Grandes Prêmios mas também estabeleceram recordes que perduraram por muitas décadas. Por exemplo, as potências dos modelos de 1937 foram batidas apenas pelos carros com motores turbinados da Fórmula Um do final da…e a quarta para a Wanderer. (Na foto, um Wanderer de 1936. década de 1980.






A DKW é uma marca histórica de automóveis e de motocicletas, associada em todo o Logotipo da DKW, com o símbolo da Auto Union, em um de seus produtos.mundo a motores com ciclo de dois tempos, que teve seus automóveis fabricados sob licença no Brasil pela Vemag entre 1958 e 1967. A DKW foi uma fábrica alemã fundada em 1916 pelo engenheiro dinamarquês Jørgen Skafte Rasmussen que, em 1932, com a Grande Depressão, se uniu por sugestão do Saxon National Bank a outras três fábricas, a Audi, a Horch e a Wanderer, para formar a Auto Union. Em 1938, o grupo ganhou a participação da NSU. Em 1957, a Auto Union foi adquirida pela Daimler-Benz e, em 1964, pela Volkswagen, passando então a ser denominada Audi.

Logotipo da DKW, com o símbolo da Auto Union, em um de seus produtos.
A sigla DKW significava inicialmente "Dampf Kraft Wagen", carro de força a vapor, já que os primeiros produtos oferecidos pela empresa foram pequenos motores a vapor. Com o tempo, a empresa passou a oferecer motores a gasolina com ciclo de dois tempos, mas a denominação DKW foi mantida. Esses primeiros modelos de motor de dois tempos foram adaptados para brinquedos e foram denominados "Des Knaben Wunsch", o desejo dos meninos. Uma outra versão foi adaptada para motocicletas e denominada "Das Kleine Wunder", a pequena maravilha. Esta última denominação permaneceu ao longo do tempo e apareceu em vários textos promocionais da marca em todo o mundo.

A DKW utilizava como símbolo o brasão mostrado na figura à esquerda, com um tom vibrante de verde como cor associada à marca. A Auto Union adotou como símbolo quatro argolas entrelaçadas, representando as quatro empresas que se uniram no início dos anos 30. A argola mais à esquerda representa a Audi, a segunda representa a DKW, a terceira a Horch e a última, mais a direita, representa a Wanderer. Quando a DKW passou a fazer parte da Auto Union, seus símbolos sempre apareceram juntos.

O Munga foi lançado em outubro de 1956 e produzido até dezembro de 1968, com grande aceitação pelos militares. No Brasil, foi produzido pela Vemag, denominado como Candango, entre 1958 e 1963.
Atualmente, milhares de saudosistas por todo o mundo colecionam motocicletas e O Munga foi lançado em outubro de 1956 e produzido até dezembro de 1968, com grande aceitação pelos militares. No Brasil, foi produzido pela Vemag, denominado como Candango, entre 1958 e 1963.automóveis fabricados pela DKW, que foi um marco na história automobilística.


A Veículos e Máquinas Agrícolas S.A. ou Vemag foi uma fábrica brasileira de automóveis que teve seu auge no final dos anos 50 e início dos 60, quando produziu sob licença os veículos da fábrica alemã DKW (integrante da Auto Union, atualmente Audi). A Vemag também montou, inicialmente pelo sistema SKD e depois pelo sistema CKD, caminhões e automóveis de origem norte-americana.
Os modelos produzidos pela Vemag no Brasil, com mecânica DKW, foram o sedã Belcar, a camioneta Vemaguet e suas derivadas "populares", a Caiçara e a Pracinha, o jipe Candango e o cupê Fissore, totalizando pouco mais de 115.000 unidades ao longo de doze anos.
Foi produzido ainda um protótipo único para estabelecer recordes de velocidade, o Carcará, cujo recorde de velocidade para motores com 1000cc, de 1966, permaneceu imbatível até o século XXI. Recentemente, um projeto de entusiastas (batizado de Projeto Carcará II) viabilizou a construção de duas réplicas do Carcará, uma delas para ser exibida no Museu do Automobilismo Brasileiro e a outra para tentar estabelecer novo recorde de velocidade para motores de 1000cc.
 
 
Aproveitando a mecânica DKW, simples e robusta, também foram montados alguns modelos esportivos, dos quais o Puma GT (conhecido como Puma DKW) teve produção mais numerosa e acabou resultando nos modelos Puma com mecânica Volkswagen, produzidos até o início dos anos 90. O Puma DKW é um derivado do Malzoni GT, que fora originalmente idealizado para pistas de corrida e que também tinha uma versão de passeio.
Na Europa, a Volkswagen assumira o controle acionário da Auto Union em 1965, transformando-a em Audi. No Brasil, a Volkswagen adquiriu a Vemag em setembro de 1967, encerrando suas atividades em dezembro, contrariamente ao que fora anunciado e utilizando os pavilhões da fábrica para a produção da VW Kombi.
 
Em 1945 é fundada em São Paulo, no bairro de Ipiranga, a Distribuidora de Automóveis Studebaker Ltda., para montar automóveis da marca Studebaker.
Em 1951 passa a montar caminhões da Scania Vabis. Em 1954, tratores da Ferguson.
Em 1952 a razão social da empresa é alterada para Veículos e Máquinas Agrícolas S.A., depois da fusão da Distribuidora de Automóveis Studebaker e da Elit Equipamentos para Lavoura e Máquinas Agrícolas.
 
 
 
Em 16 de junho de 1956, o presidente Juscelino Kubitschek assina o Decreto n.39412 criando o GEIA, Grupo Executivo da Indústria Automobilística, que garantia incentivos às indústrias envolvidas na fabricação de automóveis e de autopeças.
Em 19 de novembro de 1956, coloca no mercado a camioneta DKW F-91 Universal, derivada do sedã alemão F-91 e de sua woodwagon, produzidos pela Auto Union. Essa camioneta, entretanto, era montada no Brasil com peças importadas da Alemanha, porém se constituiu num laboratório para a efetiva produção local dos automóveis DKW-Vemag, a se iniciar em 1958.
Em julho de 1958 foi apresentado o jipe Candango, derivado do jipe alemão Munga e vendido inicialmente como Jipe DKW, e meses depois são apresentados o sedã (o "Grande DKW Vemag") e a camioneta (a "perua DKW"), derivados do F-94 alemão, com grande índice de nacionalização. Esses modelos eram equipados com um motor de 900 cm³. Os blocos destes motores, fundidos pela Sofunge, se constituíram nos primeiros blocos em ferro fundido para motores automobilísticos fundidos no Brasil.
 
 
Em 1959 a Vemag passou a equipar seus veículos com um motor de 1000 cm³, produzido no Brasil, e em 1961 o "Grande DKW-Vemag" e a "Perua DKW-Vemag" passaram a ser denominados como Belcar e Vemaguet.
Em 1962 é apresentado no Salão do Automóvel o sofisticado cupê Fissore, com chassis e mecânica DKW e carroceria idealizada pelos Fissore, da Itália. Entraria em produção regular apenas no final do ano seguinte.
Em 1963 a produção do Candango é encerrada, principalmente porque os militares não demonstraram interesse em sua aquisição. É lançada a Caiçara, uma versão popular da camioneta Vemaguet, com a porta traseira em peça única abrindo para a esquerda.
Em 1964 é finalmente lançado no mercado o Vemag Fissore e o Lubrimat. A Vemag contava com 4.013 funcionários e uma área de pouco mais de 87.000 m². Seus veículos já contavam com praticamente 100% de nacionalização.
Nesse ano, os modelos do Belcar e da Vemaguet têm suas portas alteradas, elas passam a abrir do modo convencional e não mais ao contrário. O modo de abertura ao contrário lhes valeu o apelido de "portas suicidas". Esse modo de abertura também conferiu aos modelos a alcunha de "dechavê".
Em 1965 é lançada a série Rio, em homenagem aos quatrocentos anos de fundação da cidade do Rio de Janeiro. Na Europa, a Volkswagen alemã adquire o controle acionário da Auto Union, transformando-a em Audi. No Brasil, estabelecem-se rumores sobre o fim da produção dos veículos DKW e o fechamento da fábrica.
 
Em 1966 é encerrada a produção da Caiçara, substituída pela Pracinha, outra camioneta popular baseada na Vemaguet. A diferença principal da Caiçara e da Pracinha são as portas, que agora abrem no sentido usual.
Em setembro de 1967, a Volkswagen do Brasil adquire a Vemag prometendo não encerrar a produção de seus veículos. Em dezembro, entretanto, seguindo uma tendência mundial de retirada do motor dois tempos do mercado, a linha de produção é encerrada.
A Vemag produziu um sedã, inicialmente denominado "Grande DKW Vemag" e que depois foi batizado como Belcar, uma camioneta, que no começo era conhecida apenas como "perua DKW" e que com o tempo recebeu o nome de Vemaguet, seus derivados "populares", a Caiçara e a Pracinha, um jipe e um cupê com carroceria projetada pelos Fissore, da Itália. Esses modelos são descritos com mais detalhes no topo da página.
 
 
A produção da Vemag em números
A tabela a seguir mostra a produção da Vemag ao longo dos anos, restringindo-se aos modelos associados à DKW. No primeiro ano, 1957, foram apenas montados camionetas vindas da Alemanha. Essa camioneta fora na verdade lançada no mercado em novembro de 1956. A partir de 1958 começaram a ser produzidos sedãs e camionetas com índice razoável de nacionalização. O ano de maior produção foi 1962, com 15.544 exemplares entregues. O ano com maior variedade de modelos foi 1965, com 15.260 exemplares e cinco modelos diferentes (Belcar, Vemaguet, Fissore e as camionetas populares Caiçara, em final de produção, e Pracinha, recém lançada).

AnoSedã (Belcar)Camioneta (Vemaguet)CaiçaraPracinhaCandangoFissoreTOTAL
1957 1166 1166
195821891642 1174 5005
195917732524 1968 6265
196030974446 248 7791
196146424695 1582 10919
196271237806 615 15544
196375416267260 20 14088
196462914975814 62412704
196555193847994938 85715260
196668905392 1812 63114725
196760075009 52611542
TOTAL51072477691173675056072638115009
Há controvérsia quanto à produção do Fissore. O site do Clube DKW Vemag do Brasil e o próprio Sandler ao longo de seu texto afirmam que teriam sido produzidos 2489 unidades, ao invés do valor apresentado nesta tabela. Algumas fontes citam dois Fissore entregues ainda em dezembro de 1963.

É interessante observar que a produção da Vemaguet foi superior à produção do Belcar nos anos de 1959 a 1962. Se fosse somada a produção da Vemaguet dos dois primeiros anos e esse número fosse comparado à produção do Belcar no primeiro ano, seria possível afirmar que a produção da Vemaguet foi superior à produção do Belcar até 1962, quando a situação se inverteu e o sedã teve produção anual superior à camioneta até o fechamento da fábrica.

É interessante observar também que tanto a produção do Belcar quanto a produção da Vemaguet apresentaram produções anuais crescentes até o ano de 1962, quando então variaram próximo aos valores máximoas alcançados e começaram a cair. Passaram a cair em parte por causa dos novos modelos colocados à disposição (os modelos populares, primeiro a Caiçara e depois a Pracinha, e o requintado Fissore) e em parte pelos motivos que levaram ao encerramento da produção.
 

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