SIMCA - Sigla da Société Industrielle de Mécanique et Carrosserie Automobile, fábrica de automóveis francesa fundada em Nanterre, em 1935 pelo empresário italiano Enrico Pigozzi.
Dos 204 000 veículos produzidos na França e 1936, 3,6% (7 300 exemplares) tinham a marca Simca.
O primeiro modelo da empresa, o Simca 5, réplica quase idêntica da Fiat 500 Topolino, tinha motor dianteiro de quatro cilindros em linha de 569 cc, válvulas laterais e potência de 13 cv (velocidade de 85 km/h) e custava apenas 9 900 francos.
Em 1937 Pigozzi lançou um novo modelo, baseado na Fiat 508 C/1 100, denominado Simca 8 com propulsor de quatro cilindros em linha de 1 098 cc e potência de 32 cv (1 10 km/h).
A produção do Simca 5 atingiu o máximo (14 194 exemplares) em 1938, ano em que a produção total do Simca triplicou. O Simca 8 alcançaria seu recorde de produção após a II Guerra Mundial.
Ao fim de seus primeiros cinco anos de atividade (início de 1940) a Simca já tinha produzido quase 70 000 veículos e desfrutava de boa situação financeira.
Com a tomada da França pelos alemães, em junho de 1940, a atividade da empresa diminuiu mas não sofreu paralisação total.
Terminado o conflito, a fábrica de Nanterre recomeçou a funcionar regularmente já em 1946 (nesse ano construiu quase 8 000 exemplares dos dois modelos de antes da guerra).
Nessa época Pigozzi elaborou os primeiros projetos de veículos Simca originais, mas a colaboração com a Fiat prosseguiu até 1949, época em que a firma lançou Simca 6, versão francesa da Fiat Topolino C. Paralelamente, continuava em constante aumento o ritmo de produção do Simca 8 (26 258 exemplares em 1950), em cinco versões: berlina, cupê, perua, furgão e camioneta.
Em relação ao modelo original italiano, o Simca sofreu nessa época aumento de cilindrada e potência (passou a 1 200 cc e 40 cv), e em 1950 a Simca lançou também uma versão esporte desse modelo, com potência de 52 cv.
Em 1951 estava pronto o primeiro Simca inteiramente francês, que deu início à completa autonomia da fábrica de Nanterre também no setor de projetos.
Batizado de Simca 9, o novo veículo tinha motor de quatro cilindros de 1 221 cc e carroçaria autoportante, de quatro portas, caracterizada por linhas modernas e elegantes.
O Simca 9 recebeu ainda outra denominação, com a qual se tornaria amplamente conhecido: Aronde, forma arcaica e poética de hirondelle ("andorinha").
Com seu propulsor de 45 cv, o Aronde atingia 130 em marcha suave e segura.
O êxito imediato do novo modelo traduziu-se no extraordinário aumento de seu ritmo de produção, que rapidamente chegou a 100 000 unidades anuais (115 646 em 1955).
Veloz, confortável e seguro, o Aronde revelou-se também muito robusto eficiente: em 1953 um exemplar de série, sem preparação alguma, rodou durante quarenta dias quarenta noites consecutivas na pista de Montlhéry, perfazendo um total de 100 000 km percorridos a uma média superior a 100 km/h .
No ano seguinte outro Aronde rodou 100 000 km num percurso que incluía diversas ruas de Paris sem apresentar qualquer defeito mecânico.
O extraordinário êxito do Aronde levou a fábrica a suspender a produção dos outros modelos e concentrar todo o seu potencial, a partir de 1952, na construção do novo veículo.
Pigozzi, que adquirira em 1951 as instalações da fábrica de caminhões Unic e as da fábrica de tratores Semeca, comprou em 1954 a grande fábrica da Ford France em Poissy, onde se construíam dois modelos de características americanas, o Vedette e o Comète, ambos com motores V-8 de 2,2 e 2,3 litros.
Pigozzi manteve em produção apenas o Vedette, que de 1955 a 1961 foi comercializado com a marca Simca ao lado do Aronde.
A produção deste continuava em índices excelentes (em 1957 a fábrica de Nanterre produziu o 500 000.1 exemplar),e a do Vedette, embora aumentada consideravelmente em relação à média mantida anteriormente pela Ford France, permaneceu em níveis mais modestos.
A fabricação do Vedette atingiu seu índice mais elevado em 1956 (44 836 unidades) e a seguir caiu acentuadamente, levando a Simca a abandonar o modelo em 1961.
As versões Chambord e Presidence, contudo, continuaram a ser construídas sob licença pela Simca do Brasil até 1967 (mas com motor de válvulas na cabeça, ao invés do propulsor original Ford de válvulas laterais) e comercializadas no mercado brasileiro.
A cilindrada do Aronde aumentou, em 1956, para 1 300 cc (48 cv), e a Simca o apresentou também em versões preparadas (modelo Montlhéry, de 57 cv), cupê e cabriolé. Em 1958 a Chrysler adquiriu 15% das ações da Simca, e em 1961 todos os quatro cilindros - inclusive a nova versão de 1 100 cc destinada exclusivamente ao mercado interno - receberam novo virabrequim com cinco mancais.
O Aronde continuou em produção até 1964, quando se chegou aos 1 425 329 exemplares. Em fins de 1961 a empresa lançou o 1 000, pequeno quatro portas com motor traseiro de quatro cilindros.
Econômico, confortável, de desempenho excelente para sua classe, o 1 000 atingiu a marca de mais de 160 000 exemplares vendidos já em 1962.
A ele seguiram-se em 1963 as novas berlinas 1 300 e 1 500 cc, veículos médios destinados a substituir o Aronde, do qual conservaram o motor dianteiro de quatro cilindros, a tração traseira e a robustez.
Ainda em 1963 a Chysler tomou-se acionista majoritária (tinha então 64% das ações).
A linha Simca sofreu novas modificações em 1967 com a apresentação do 1 100, moderno sedã de tração dianteira, motor transversal e espaçosa carroçeria de quatro portas com traseira fastback.
Em 1968 ele já ocupava o primeiro lugar na produção da empresa, seguido de perto pelo 1 000 que tinha chegado ao 1 000 000 exemplar em 1966 - e pelo 1 300/1 500.
À série 1 000 acrescentou-se em 1963 um cupê com carroçeria de Bertone, remodelado em 1967 como cupê 1 200 S(82 cv DIN).
O Sim'4, modelo económico da série 1 000 destinado ao mercado interno, tinha propulsor de 777 cc. O 1 000 Special, exportado para vários países, recebeu o mesmo propulsor do 1 100 de tração dianteira.
A série completava-se com o Rally e o Rally 2, versões esportivas de 1 300 ce (60 e 82 cv DIN).
O 5 CV, da série 1 100 e destinado ao mercado interno, recebeu o mesmo motor de quatro cilindros do 1 000.Já o 1 100 Special e o 1 100 TI tiveram motores de 1 300 cc.
Os modelos 1 1 500 deram origem ao 1 301 e ao 1 501, de mecânica praticamente igual e carroçeria modificada (traseira mais longa).
Dos 204 000 veículos produzidos na França e 1936, 3,6% (7 300 exemplares) tinham a marca Simca.
O primeiro modelo da empresa, o Simca 5, réplica quase idêntica da Fiat 500 Topolino, tinha motor dianteiro de quatro cilindros em linha de 569 cc, válvulas laterais e potência de 13 cv (velocidade de 85 km/h) e custava apenas 9 900 francos.
Em 1937 Pigozzi lançou um novo modelo, baseado na Fiat 508 C/1 100, denominado Simca 8 com propulsor de quatro cilindros em linha de 1 098 cc e potência de 32 cv (1 10 km/h).
A produção do Simca 5 atingiu o máximo (14 194 exemplares) em 1938, ano em que a produção total do Simca triplicou. O Simca 8 alcançaria seu recorde de produção após a II Guerra Mundial.
Ao fim de seus primeiros cinco anos de atividade (início de 1940) a Simca já tinha produzido quase 70 000 veículos e desfrutava de boa situação financeira.
Com a tomada da França pelos alemães, em junho de 1940, a atividade da empresa diminuiu mas não sofreu paralisação total.
Terminado o conflito, a fábrica de Nanterre recomeçou a funcionar regularmente já em 1946 (nesse ano construiu quase 8 000 exemplares dos dois modelos de antes da guerra).
Nessa época Pigozzi elaborou os primeiros projetos de veículos Simca originais, mas a colaboração com a Fiat prosseguiu até 1949, época em que a firma lançou Simca 6, versão francesa da Fiat Topolino C. Paralelamente, continuava em constante aumento o ritmo de produção do Simca 8 (26 258 exemplares em 1950), em cinco versões: berlina, cupê, perua, furgão e camioneta.
Em relação ao modelo original italiano, o Simca sofreu nessa época aumento de cilindrada e potência (passou a 1 200 cc e 40 cv), e em 1950 a Simca lançou também uma versão esporte desse modelo, com potência de 52 cv.
Em 1951 estava pronto o primeiro Simca inteiramente francês, que deu início à completa autonomia da fábrica de Nanterre também no setor de projetos.
Batizado de Simca 9, o novo veículo tinha motor de quatro cilindros de 1 221 cc e carroçaria autoportante, de quatro portas, caracterizada por linhas modernas e elegantes.
O Simca 9 recebeu ainda outra denominação, com a qual se tornaria amplamente conhecido: Aronde, forma arcaica e poética de hirondelle ("andorinha").
Com seu propulsor de 45 cv, o Aronde atingia 130 em marcha suave e segura.
O êxito imediato do novo modelo traduziu-se no extraordinário aumento de seu ritmo de produção, que rapidamente chegou a 100 000 unidades anuais (115 646 em 1955).
Veloz, confortável e seguro, o Aronde revelou-se também muito robusto eficiente: em 1953 um exemplar de série, sem preparação alguma, rodou durante quarenta dias quarenta noites consecutivas na pista de Montlhéry, perfazendo um total de 100 000 km percorridos a uma média superior a 100 km/h .
No ano seguinte outro Aronde rodou 100 000 km num percurso que incluía diversas ruas de Paris sem apresentar qualquer defeito mecânico.
O extraordinário êxito do Aronde levou a fábrica a suspender a produção dos outros modelos e concentrar todo o seu potencial, a partir de 1952, na construção do novo veículo.
Pigozzi, que adquirira em 1951 as instalações da fábrica de caminhões Unic e as da fábrica de tratores Semeca, comprou em 1954 a grande fábrica da Ford France em Poissy, onde se construíam dois modelos de características americanas, o Vedette e o Comète, ambos com motores V-8 de 2,2 e 2,3 litros.
Pigozzi manteve em produção apenas o Vedette, que de 1955 a 1961 foi comercializado com a marca Simca ao lado do Aronde.
A produção deste continuava em índices excelentes (em 1957 a fábrica de Nanterre produziu o 500 000.1 exemplar),e a do Vedette, embora aumentada consideravelmente em relação à média mantida anteriormente pela Ford France, permaneceu em níveis mais modestos.
A fabricação do Vedette atingiu seu índice mais elevado em 1956 (44 836 unidades) e a seguir caiu acentuadamente, levando a Simca a abandonar o modelo em 1961.
As versões Chambord e Presidence, contudo, continuaram a ser construídas sob licença pela Simca do Brasil até 1967 (mas com motor de válvulas na cabeça, ao invés do propulsor original Ford de válvulas laterais) e comercializadas no mercado brasileiro.
A cilindrada do Aronde aumentou, em 1956, para 1 300 cc (48 cv), e a Simca o apresentou também em versões preparadas (modelo Montlhéry, de 57 cv), cupê e cabriolé. Em 1958 a Chrysler adquiriu 15% das ações da Simca, e em 1961 todos os quatro cilindros - inclusive a nova versão de 1 100 cc destinada exclusivamente ao mercado interno - receberam novo virabrequim com cinco mancais.
O Aronde continuou em produção até 1964, quando se chegou aos 1 425 329 exemplares. Em fins de 1961 a empresa lançou o 1 000, pequeno quatro portas com motor traseiro de quatro cilindros.
Econômico, confortável, de desempenho excelente para sua classe, o 1 000 atingiu a marca de mais de 160 000 exemplares vendidos já em 1962.
A ele seguiram-se em 1963 as novas berlinas 1 300 e 1 500 cc, veículos médios destinados a substituir o Aronde, do qual conservaram o motor dianteiro de quatro cilindros, a tração traseira e a robustez.
Ainda em 1963 a Chysler tomou-se acionista majoritária (tinha então 64% das ações).
A linha Simca sofreu novas modificações em 1967 com a apresentação do 1 100, moderno sedã de tração dianteira, motor transversal e espaçosa carroçeria de quatro portas com traseira fastback.
Em 1968 ele já ocupava o primeiro lugar na produção da empresa, seguido de perto pelo 1 000 que tinha chegado ao 1 000 000 exemplar em 1966 - e pelo 1 300/1 500.
À série 1 000 acrescentou-se em 1963 um cupê com carroçeria de Bertone, remodelado em 1967 como cupê 1 200 S(82 cv DIN).
O Sim'4, modelo económico da série 1 000 destinado ao mercado interno, tinha propulsor de 777 cc. O 1 000 Special, exportado para vários países, recebeu o mesmo propulsor do 1 100 de tração dianteira.
A série completava-se com o Rally e o Rally 2, versões esportivas de 1 300 ce (60 e 82 cv DIN).
O 5 CV, da série 1 100 e destinado ao mercado interno, recebeu o mesmo motor de quatro cilindros do 1 000.Já o 1 100 Special e o 1 100 TI tiveram motores de 1 300 cc.
Os modelos 1 1 500 deram origem ao 1 301 e ao 1 501, de mecânica praticamente igual e carroçeria modificada (traseira mais longa).
Em 1º de julho de 1970 a empresa passou a denominar-se Chrysler France. Pouco depois a fírma lançava no mercado francês os primeiros modelos com a marca Chrysler: o 160 (1 600 ce), o 180 (1 800 cc) e o 2 litros. Seus propulsores de quatro cilindros tinham comando de válvulas monoaxial no cabeçote e, apesar de não apresentarem desempenho excepcional, eram bastante robustos.
Confortáveis, seguros e de preço competitivo, os três primeiros modelos da Chrysler France em pouco tempo se impuseram no mercado europeu. Ainda em 1970 a Chrysler France absorveu outra fábrica automobilística francesa, a Matra.
Da unificação das atividades dessas duas empresas resultaram vários projetos de envergadura tanto na produção em série quanto na produção de carros de competição.
Por exemplo, as potentes Matra-Simea esporte de 3 litros venceram brilhantemente o Campeonato Mundial de Marcas por dois anos consecutivos (1973 e 1974).
Entre os veículos de série teve especial destaque um modelo bastante original, o Baghera de três lugares lado a lado, comercializado com a marca Matra-Simca pela rede de revendedores que a Simca havia formado.
Apenas com a marca Simca a Chrysler France lançou em 1975 os modelos 1 307 e 1 308, veículos médios cujo esquema de construção baseava-se no projeto do 1 100 (tração dianteira e motor transversal).
Ambos receberam, porém, novos tipos de carroçerias, bem mais amplas e de linhas mais modernas.
Ao lado dos modelos anteriores (o 1 301 e o 1 501), o 1 307 e o 1 308 completaram a vasta linha de modelos da Chrysler France no setor dos veículos com cilindradas de 1 000 a 1 200 cc. O 1 307, mais económico, recebeu o mesmo propulsor de 1 300 cc do 1 100 Special, e o 1 308, com carroçaria igual, teve motor quatro cilindros de quase 1 500 ce (165 km/h) e até versões com vidros de comando elétrico. SIMCA DO BRASIL - Fábrica brasileira de automóveis fundada a 5 de maio de 1958 em São Bernardo do Campo, município paulista.
Permaneceu em atividades até 1967, quando foi absorvida pela Chrysler Corporation International.
Em março de 1959 a empresa lançou o Chambord, carro derivado do modelo francês Vedette, mas que apresentava diversas modificações estilísticas e mecânicas. Suas linhas lembravam o estilo americano.
A carroçeria, muito resistente, era de aço com chassi integrado (solução semelhante à utilizada na estrutura monobloco). Com 4,75 m de comprimento, o carro tinha quatro portas que davam acesso a seis amplos lugares. Seu motor, um V-8 de 2 351 cc, desenvolvia 88 cv a 4 800 rpm. O câmbio tinha três marchas (só 2.1 e 3.1 sincronizadas), acionados por alavanca situada na coluna do volante.
Desenvolvendo a velocidade máxima de 135 km/h, com consumo médio de 8,5 km/l, o Chambord apresentava-se como o carro mais luxuoso do mercado brasileiro da época. O Chambord teve, entretanto, alguns problemas, como a tendência ao superaquecimento, embreagem fraca e falta de torque, especialmente em baixas rotações.
Em 1961, após o lançamento de uma versão especial, denominada Presidence, o carro sofreu várias transformações: recebeu um motor de 90 cv e, para maior aproveitamento da potência, houve redução das engrenagens do diferencial.
Os bancos foram remodelados de maneira a oferecer maior conforto e aumentar o espaço interno.
Novas laterais deram maior horizontalidade às linhas elegantes do carro.
Além disso, o aspecto luxuoso do carro era enfatizado pelos requintados comandos instalados no painel, como uma luz verde que indicava quando o tanque de gasolina encontrava-se na reserva (faixa de aproximadamente cinco litros), um odômetro parcial que podia retornar a zero e uma luz vermelha para indicar que o freio de mão estava acionado.
Um único interruptor-comutador de luzes, localizado na coluna do volante, comandava todas as luzes do carro, exceção feita aos faróis de neblina. Em meados de 1962 a Simca lançou uma versão esportiva do Chambord, denominada Rally.
Equipava o carro o mesmo V-8 dos demais modelos Simca, mas com cilindrada aumentada para 2 432 cc (a potência elevou-se para 100 cv a 4 800 rpm). Embora apresentasse um interior mais esportivo, externamente o carro sofrera apenas o acréscimo de duas entradas de ar no capô (para melhor ventilação) e alguns detalhes cromados.
No Salão do Automóvel, realizado em São Paulo em novembro de 1962, a empresa apresentou sua linha de veículos modificada e introduziu um novo modelo: a perua Jangada, derivada do Chambord e da perua francesa Marly.
A Simca anunciava a Jangada como a primeira perua de grandes dimensões do mercado brasileiro, numa faixa ainda inexplorada (existiam então apenas a Kombi e a Vemaguet).
Oferecia o mesmo desempenho e conforto do Chambord (por ser mais pesada, sua aceleração e velocidade eram menores: gastava 21 segundos para atingir os 100 km/h, partindo de zero).
Sua lotação normal era para seis passageiros, mas podia transportar mais dois, em condições relativamente precárias.
Para isso, levantava-se a tampa que cobria o estepe, e, após a retirada do pneu, havia espaço para dois banquinhos.
Os bancos traseiros podiam ser rebaixados, formando uma ampla plataforma de carga, onde cabiam 1 800 litros de bagagem.
Os demais Simca receberam a 1.1 marcha sincronizada e sofreram aumento de potência (Chambord, 95 cv; Presidence, 105 cv; Jangada, 98 cv).
Acompanhando a tendência das fábricas brasileiras, a Simca lançou, ainda em 1961, o Alvorada, modelo idêntico ao Chambord, mas despido de luxo e da maioria dos cromados.
Pretendia-se, com esse modelo, oferecer ao consumidor um carro de preço mais acessível e, assim, conquistar uma nova faixa do mercado.
A experiência, porém, não apresentou resultados satisfatórios (como, aliás, ocorreu com tentativas semelhantes realizadas por outras fábricas), e o modelo não permaneceu em linha durante muito tempo.
Em 1964 a empresa lançou a linha Tufão. Com ela, todos os seus veículos sofreram modificações mecânicas e estilísticas, embora mantivessem praticamente todas as características básicas dos Chambord.
Como alteração principal, o teto foi redesenhado em linhas retas, de maneira que a parte traseira tornou-se mais alta, oferecendo maior área para o envidraçamento.
O novo modelo que se caracterizava pela predominância de linhas retas, ganhou novas lanternas e novos frisos.
O espaço interior também sofreu modificações no sentido de apresentar maior conforto e luxo, transformando-se em ponto alto do conjunto os novos bancos.
As mudanças na parte mecânica permitiram que a empresa oferecesse os Tufão em duas versões de motor V-S: uma, de 2 414 ce, relação de compressão 8:1 e potência de 100 cv a 4 800 rpm; outra, de 2 550 cc, relação de compressão 8,5:1 e potência de 112 cv a 5 000 rpm.
Este último motor era equipado com dupla carburação (um carburador abria depois do outro, conforme a necessidade, durante a marcha) .
A linha Tufão contava, entre outros equipamentos, com avanço manual da ignição, localizado no painel (além do automático), que permitia melhor regulagem do motor para diferentes altitudes ou diferentes tipos de gasolina.
A Simca introduziu novos aperfeiçoamentos no Tufão em 1966 (Fotos).
A novidade mais significativa desse ano, porém, foi o lançamento de um novo motor que seria adotado para toda a linha: o Emi-Sul, um oito cilindros em V com válvulas na cabeça, câmaras de combustão hemisféricas, cilindrada de 2 410 ce e potência de 130 cv.
Seu ótimo rendimento permitia que os Simca atingissem 160,793 km/h de velocidade máxima.
A aceleração de O a 100 km/h passou a ocorrer em apenas 14,3 segundos.
Seguiu-se a apresentação, no final do ano, de uma nova carroçeria, totalmente modificada e de linhas modernizadas.
O novo estilo determinou o abandono da linha tradicional dos Simca, que a fábrica substituiu por dois novos modelos: o Esplanada e o Regente.
O primeiro, um modelo de luxo, possuía cromados e acabamentos diferentes dos utilizados no Regente (este, um modelo mais simples).
Em novembro de 1967 a Simca foi absorvida pela Chrysler, que continuou a produzir o Esplanada e o Regente até 1969.
Confortáveis, seguros e de preço competitivo, os três primeiros modelos da Chrysler France em pouco tempo se impuseram no mercado europeu. Ainda em 1970 a Chrysler France absorveu outra fábrica automobilística francesa, a Matra.
Da unificação das atividades dessas duas empresas resultaram vários projetos de envergadura tanto na produção em série quanto na produção de carros de competição.
Por exemplo, as potentes Matra-Simea esporte de 3 litros venceram brilhantemente o Campeonato Mundial de Marcas por dois anos consecutivos (1973 e 1974).
Entre os veículos de série teve especial destaque um modelo bastante original, o Baghera de três lugares lado a lado, comercializado com a marca Matra-Simca pela rede de revendedores que a Simca havia formado.
Apenas com a marca Simca a Chrysler France lançou em 1975 os modelos 1 307 e 1 308, veículos médios cujo esquema de construção baseava-se no projeto do 1 100 (tração dianteira e motor transversal).
Ambos receberam, porém, novos tipos de carroçerias, bem mais amplas e de linhas mais modernas.
Ao lado dos modelos anteriores (o 1 301 e o 1 501), o 1 307 e o 1 308 completaram a vasta linha de modelos da Chrysler France no setor dos veículos com cilindradas de 1 000 a 1 200 cc. O 1 307, mais económico, recebeu o mesmo propulsor de 1 300 cc do 1 100 Special, e o 1 308, com carroçaria igual, teve motor quatro cilindros de quase 1 500 ce (165 km/h) e até versões com vidros de comando elétrico. SIMCA DO BRASIL - Fábrica brasileira de automóveis fundada a 5 de maio de 1958 em São Bernardo do Campo, município paulista.
Permaneceu em atividades até 1967, quando foi absorvida pela Chrysler Corporation International.
Em março de 1959 a empresa lançou o Chambord, carro derivado do modelo francês Vedette, mas que apresentava diversas modificações estilísticas e mecânicas. Suas linhas lembravam o estilo americano.
A carroçeria, muito resistente, era de aço com chassi integrado (solução semelhante à utilizada na estrutura monobloco). Com 4,75 m de comprimento, o carro tinha quatro portas que davam acesso a seis amplos lugares. Seu motor, um V-8 de 2 351 cc, desenvolvia 88 cv a 4 800 rpm. O câmbio tinha três marchas (só 2.1 e 3.1 sincronizadas), acionados por alavanca situada na coluna do volante.
Desenvolvendo a velocidade máxima de 135 km/h, com consumo médio de 8,5 km/l, o Chambord apresentava-se como o carro mais luxuoso do mercado brasileiro da época. O Chambord teve, entretanto, alguns problemas, como a tendência ao superaquecimento, embreagem fraca e falta de torque, especialmente em baixas rotações.
Em 1961, após o lançamento de uma versão especial, denominada Presidence, o carro sofreu várias transformações: recebeu um motor de 90 cv e, para maior aproveitamento da potência, houve redução das engrenagens do diferencial.
Os bancos foram remodelados de maneira a oferecer maior conforto e aumentar o espaço interno.
Novas laterais deram maior horizontalidade às linhas elegantes do carro.
Além disso, o aspecto luxuoso do carro era enfatizado pelos requintados comandos instalados no painel, como uma luz verde que indicava quando o tanque de gasolina encontrava-se na reserva (faixa de aproximadamente cinco litros), um odômetro parcial que podia retornar a zero e uma luz vermelha para indicar que o freio de mão estava acionado.
Um único interruptor-comutador de luzes, localizado na coluna do volante, comandava todas as luzes do carro, exceção feita aos faróis de neblina. Em meados de 1962 a Simca lançou uma versão esportiva do Chambord, denominada Rally.
Equipava o carro o mesmo V-8 dos demais modelos Simca, mas com cilindrada aumentada para 2 432 cc (a potência elevou-se para 100 cv a 4 800 rpm). Embora apresentasse um interior mais esportivo, externamente o carro sofrera apenas o acréscimo de duas entradas de ar no capô (para melhor ventilação) e alguns detalhes cromados.
No Salão do Automóvel, realizado em São Paulo em novembro de 1962, a empresa apresentou sua linha de veículos modificada e introduziu um novo modelo: a perua Jangada, derivada do Chambord e da perua francesa Marly.
A Simca anunciava a Jangada como a primeira perua de grandes dimensões do mercado brasileiro, numa faixa ainda inexplorada (existiam então apenas a Kombi e a Vemaguet).
Oferecia o mesmo desempenho e conforto do Chambord (por ser mais pesada, sua aceleração e velocidade eram menores: gastava 21 segundos para atingir os 100 km/h, partindo de zero).
Sua lotação normal era para seis passageiros, mas podia transportar mais dois, em condições relativamente precárias.
Para isso, levantava-se a tampa que cobria o estepe, e, após a retirada do pneu, havia espaço para dois banquinhos.
Os bancos traseiros podiam ser rebaixados, formando uma ampla plataforma de carga, onde cabiam 1 800 litros de bagagem.
Os demais Simca receberam a 1.1 marcha sincronizada e sofreram aumento de potência (Chambord, 95 cv; Presidence, 105 cv; Jangada, 98 cv).
Acompanhando a tendência das fábricas brasileiras, a Simca lançou, ainda em 1961, o Alvorada, modelo idêntico ao Chambord, mas despido de luxo e da maioria dos cromados.
Pretendia-se, com esse modelo, oferecer ao consumidor um carro de preço mais acessível e, assim, conquistar uma nova faixa do mercado.
A experiência, porém, não apresentou resultados satisfatórios (como, aliás, ocorreu com tentativas semelhantes realizadas por outras fábricas), e o modelo não permaneceu em linha durante muito tempo.
Em 1964 a empresa lançou a linha Tufão. Com ela, todos os seus veículos sofreram modificações mecânicas e estilísticas, embora mantivessem praticamente todas as características básicas dos Chambord.
Como alteração principal, o teto foi redesenhado em linhas retas, de maneira que a parte traseira tornou-se mais alta, oferecendo maior área para o envidraçamento.
O novo modelo que se caracterizava pela predominância de linhas retas, ganhou novas lanternas e novos frisos.
O espaço interior também sofreu modificações no sentido de apresentar maior conforto e luxo, transformando-se em ponto alto do conjunto os novos bancos.
As mudanças na parte mecânica permitiram que a empresa oferecesse os Tufão em duas versões de motor V-S: uma, de 2 414 ce, relação de compressão 8:1 e potência de 100 cv a 4 800 rpm; outra, de 2 550 cc, relação de compressão 8,5:1 e potência de 112 cv a 5 000 rpm.
Este último motor era equipado com dupla carburação (um carburador abria depois do outro, conforme a necessidade, durante a marcha) .
A linha Tufão contava, entre outros equipamentos, com avanço manual da ignição, localizado no painel (além do automático), que permitia melhor regulagem do motor para diferentes altitudes ou diferentes tipos de gasolina.
A Simca introduziu novos aperfeiçoamentos no Tufão em 1966 (Fotos).
A novidade mais significativa desse ano, porém, foi o lançamento de um novo motor que seria adotado para toda a linha: o Emi-Sul, um oito cilindros em V com válvulas na cabeça, câmaras de combustão hemisféricas, cilindrada de 2 410 ce e potência de 130 cv.
Seu ótimo rendimento permitia que os Simca atingissem 160,793 km/h de velocidade máxima.
A aceleração de O a 100 km/h passou a ocorrer em apenas 14,3 segundos.
Seguiu-se a apresentação, no final do ano, de uma nova carroçeria, totalmente modificada e de linhas modernizadas.
O novo estilo determinou o abandono da linha tradicional dos Simca, que a fábrica substituiu por dois novos modelos: o Esplanada e o Regente.
O primeiro, um modelo de luxo, possuía cromados e acabamentos diferentes dos utilizados no Regente (este, um modelo mais simples).
Em novembro de 1967 a Simca foi absorvida pela Chrysler, que continuou a produzir o Esplanada e o Regente até 1969.
Reportagem Original: http://packard37.sites.uol.com.br/simcahistoria.htm
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