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terça-feira, 5 de julho de 2011

Puma GTB

No final de 1.971 a "Pequena Atrevida" como era conhecida a PUMA Veículos e Motores, balançou novamente o mercado Brasileiro de Automóveis, começou a testar um novo protótipo desenhado por Rino Malzoni ele foi batizado inicialmente de P8, este "novo" protótipo era conhecido na época como PUMA GTO ou PUMA Opala, na fase de testes o novo carro rodou mais de 50.000 Km e com um motor CHEVROLET 6 cilindros em linha de 3.800cc, estava sendo aguardado pelos amantes da velocidade, não se tem notícias deste primero protótipo que provavelmente foi totalmente refeito, com o mesmo motor Chevrolet, porém com 4.100 cc, e foi apresentado no Salão do Automóvel de 1.972 ainda com o nome de PUMA GTO (GTO: Gran Turismo Omologato - Sigla muito utilizada pela Pontiac e Ferrari), o novo modelo chamou muito a atenção do público que aprovou as linhas do novo esportivo tipicamente inspiradas nos esportivos americanos. neste Salão do Automóvel a PUMA Veículos e Motores recebeu cerca de 300 encomendas para o novo modelo que só entrou em fabricação regular apenas em 1.974 já batizado de PUMA GTB (Gran Turismo Brasil), a sua produção inicial foi de 10 unidades/mês .

Curiosamente, em maio de 1.974, já estava ponto um protótipo da pick-up GTB, que no entanto, nunca foi construída em série e não se sabe também do paradeiro deste protótipo.

O PUMA GTB era um carro esporte bonito e imponente, que tinha fila de espera para compra, pois o governo militar estrangulava cada vez mais a entrada de esportivos importados um número ainda maior de pedidos foi feito e deste modo , ocorreu um fenômeno interessante : Os PUMAS GTB's já produzidos eram comercializados , no mercado de de carros usados, a preços bem maiores que os praticados pela fábrica , pois estas unidades não tinham lista de espera de mais de 1 ano, isso prova que o problema da PUMA Veículos e Motores não era de vender os seus carros mas produzí-los.

A carroceria do PUMA GTB também era de plástico e fibra-de-vidro, com a frente bem longa e a traseira curta, cores metálicas, como prateado e dourado, eram as preferidas. Vidros verdes, bancos e volante esportivos faziam parte dos itens de série.

Como o irmão menor, o PUMA GTB era ideal para duas pessoas -- o espaço do banco trazeiro podia ser utilizado apenas para pequenos percursos. O painel de instrumentos era bem completo e incluía conta-giros, voltímetro e termômetro do óleo. Vinha equipado com rodas exclusivas da PUMA e os pneus inéditos no mercado nacional, os Pirelli E70.

O desempenho do PUMA GTB não era muito superior aos do Opala, Dodge Dart e Charger da época. -- e estes eram mais baratos que ele. Aliás, o PUMA GTB só custava menos que o Ford Landau, carro nacional mais caro da época. Um ano depois de seu lançamento chegaria um sério concorrente para o PUMA GTB era o Maverick GT. A velocidade máxima do PUMA GTB era de 170 km/h e fazia de 0 a 100 km/h em 12,5 segundos. As únicas mudanças sofridas até 1.978 seriam na grade, conjunto ótico trazeiro, a localização da placa trazeira, emblemas e no motor, que passaria ao 250-S, com tuchos mecânicos em vez de hidráulicos e potência de 171 cv suficientes para 190 km/h.
No salão do automóvel de 1978 foi apresentado o novo modelo do PUMA GTB, agora denominado GTB/S2 (Série Dois), um carro que apresentava linhas mais limpas com frente mais baixa, utilizando o mesmo e motor Chevrolet 6 Cilindros em linha de 4.100cc o consagrado 250-S apresentava também na questão de segurança os inéditos cintos auto-enroláveis (retráteis ), bancos de couro, ar-condicionado e vidros elétricos e com um maior espaço interno para seus ocupantes, porém o banco trazeiro continuava o mesmo, pequeno sendo apenas utilizado para pequenos percursos. O GTB/S2 foi uma das sensações daquele Salão do Automóvel. o novo PUMA GTB/S2 utlizava rodas de liga-leve produzidas em liga de antálio, de 7 polegadas utilizando Pneus BF-Goodrich Radial T/A 225/60R14 fabricados no Brasil.
Em alguns catálogos chegaram a ser cogitados outros modelos da linha GTB/S2 entre eles era o GTB/S3 que utilizaria o motor Chevrolet de 4 Cilindros de 2.500cc utilizando como combustível Álcool e também o GTB/S4 utilizando o motor Chevrolet de 6 Cilindros de 4.100cc 250-S turbinado, mas não se tem notícias se os dois modelos chegaram a ser realmente produzidos, porem já flagramos os dois modelos GTB/S3 e o GTB/S4.

O PUMA GTB/S2 Teve sua produção paralisada em fins de 1984, ano em que foram produzidos 56 Pumas GTB/S2, no total estimasse que foram 888 PUMA GTB/S2 em cinco anos de fabricação.

Em Março de 1.986 a PUMA Veículos e Motores mudou-se para Curitiba no Paraná, nas mãos do empresário Rubens Dabul Maluf , fundou a Araucária S/A que voltou a produzir aos GTB/S2 sob licença da PUMA Veículos e Motores, pagando 0,5% de royalties sobre cada carro produzido, na primeira fornada dos PUMA GTB/S2 Paranaenses, foram produzidos 22 carros a previsão era de 68 carros até o final de 1.986 este "novo" GTB/S2 foi lançado com o nome ASA, com o mesmo estilo consagrado, porém com algumas alterações estéticas como a utilização das maçanetas da ALFA ROMEO 2.300 espelhos do Ford DEL REY, porém seu desempenho não era superior ao dos esportivos da época o VW GOL GT 1.8 e GM Monza S/R, tanto na Aceleração quanto na velocidade máxima, por este motivo o dono de um GTB tinha que engolir um dos citados esportivos pedindo passagem nas estradas, e o GTB com o seu poderoso 6 Cilindros não poderia responder a altura, por dentro o "novo"GTB tinha poucas diferenças quando comparado ao modelo de 1.984, revelava uma certa desatualização. A novidade era a relação de diferencial distinta da utilizada pelo PUMA no passado, ela foi alongada de 3,07:1 para 2,73:1 como nos OPALA da época, As suspensões se mantiveram as mesmas somente mudando a calibragem das Molas e dos amortecedores pressurizados

Não se tem idéia de quantos modelos foram fabricados entre 1.986 e 1.987, e nem do carro que apareceu na reportágem da revista Quatro Rodas de 1.986 como uma tentativa de reelançamento do modelo, mas não passou de uma tentativa no ano seguinte a fábrica da Araucária fora novamente vendida para outro empresário de Curitiba.
Bibliografia:
Revista Auto & Mecânica Classic nº14 ano 2 - PUMA GTB, a História
Revista Quatro Rodas nº 319 1.987 - A Volta do PUMA

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