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quinta-feira, 5 de julho de 2012

História da Mercedes

O pioneirismo desses homens fez com que colecionassem outras conquistas como a construção do primeiro ônibus, do primeiro caminhão com motor a gasolina e do primeiro caminhão a Diesel do mundo.

O Nascimento da Marca

Em 1889 nasce a filha Mercedes, de Jellinek - o nome feminino espanhol significa "graça". Quatro anos mais tarde morre sua esposa. Os negócios de Jellinek iam tão bem, que ele pode mudar-se para Nice.
Mercedes Mercedes
Ele compra seu primeiro veículo: um Dion-Bouton-Tricycle. A este segue-se um Léon-Bollée-Voiturette de três rodas, que é substituído por uma carruagem Benz de quatro assentos. Através de um artigo jornalístico Jellinek tem sua atenção atraída para a Daimler-Motoren-Gesellschaft e viaja, em 1897, especificamente para Cannstatt, para visitar a Daimler. Ele encomenda seu primeiro carro Daimler, de 6 HP com acionamento por correias com motor de 2 cilindros.
O carro entregue em outubro de 1897 com uma velocidade máxima de 24 km/h é muito lento para Jellinek. Ele exige uma velocidade de 40 km/h e encomenda dois veículos adicionais: ambos entregues em setembro de 1898, são carros Daimler "Phönix" com um motor horizontal de 8 HP e são os primeiros automóveis do mundo a rodar pelas ruas com motor de quatro cilindros.
Emil Jellinek que dirige uma grande casa em Nice e que possui bons contatos com o mundo financeiro internacional e com a aristocracia, desenvolve uma crescente atividade como negociante, promovendo e vendendo os automóveis Daimler nos mais altos círculos da sociedade. No ano de 1899 a DMG entrega 10 veículos a Jellinek, em 1900 já são 29. Jellinek exige veículos cada vez mais potentes e velozes, usando-os para fins de competição - principalmente durante a Semana de Nice - na qual ele corre com pseudônimo.
Para isso ele utiliza o pré-nome de sua filha. O pseudônimo de Jellinek "Mercedes" está na boca de todo mundo nos círculos automobilísticos da época.


O Primeiro Automóvel
Em abril de 1900 transforma-se em descrição de produto, quando Jellinek e a DMG assinam um acordo de distribuição de veículos e motores. A partir daí acorda-se o desenvolvimento de uma nova forma de motor que deveria "levar o nome Daimler-Mercedes". Catorze dias mais tarde, Jellinek encomenda 36 veículos pelo preço global de 550 000 marcos - que em valores atuais corresponderia a 5,5 milhões de marcos - e não apenas para aquela época, um grande pedido. Depois de algumas semanas, ele encomenda mais 36 veículos, todos com motor de 8 HP.
O primeiro dos carros com o novo motor, um carro de competição com 36 HP é entregue em dezembro de 1900 a Jellinek.
Este primeiro "Mercedes", desenvolvido por Wilhelm Maybach, construtor chefe da DMG, faz furor no início do século. Com seus baixos pontos de apoio, o quadro de aço prensado, e o leve motor de alto desempenho e o radiador tipo colmeia representam uma riqueza de inovações que o tornaram o primeiro automóvel moderno.
O Primeiro Automoóvel Mercedes
A semana de Nice, em março de 1901, com a Mercedes praticamente imbatível em todas as disciplinas, ajudaram Jellinek e a Mercedes com uma publicidade excepcional.
Em março de 1901 são lançados os modelos irmãos 12/16 HP e 8/11 HP. As encomendas de Jellinek excedem a capacidade de produção da fábrica Daimler de Cannstatt.



O Registro da Marca

Em 23 de junho de 1902 o nome "Mercedes" é registrado como marca e em 26 de setembro está protegido legalmente. Emil Jellinek recebe em junho de 1903 autorização para usar o nome Jellinek-Mercedes. "Com certeza é a primeira vez que um pai leva o nome de sua filha", comenta o bem sucedido negociante sobre a mudança de nome.
Em 1907 Jellinek assume o cargo de Cônsul Geral Austro-Húngaro e depois de pouco tempo Cônsul do México. Em 1909, Jellinek retira-se do negócio automobilístico, para poder assumir a chefia de operações do Consulado Austro-Húngaro em Mônaco. Ele permanece um interessado observador da construção automobilística até sua morte em 21.01.1918.

A Estrela

A Estrela
O mundialmente famoso símbolo da Mercedes-Benz teve um início profético. Representando a triplicidade das atividades da Daimler, fabricante de motores para uso em terra, mar e ar, a estrela de três pontas foi adotada como logotipo em 1909, após a morte de Gottlieb Daimler. Foi inspirada numa figura que ele havia desenhado num postal, o qual remeteu à sua esposa com o seguinte comentário: um dia essa estrela brilhará sobre a minha obra. Ao longo dos anos, o símbolo passou por várias alterações. Em 1923 foi acrescentado o círculo. E três anos depois, com a fusão das empresas Daimler e Benz, foi incluída a coroa de louros, do logotipo da Benz. A forma definitiva foi adotada em 1933 e desde então se mantém inalterada.

Pioneiros
O sonho do automóvel “A Carruagem sem cavalos”, é talvez tão antigo quanto a própria humanidade. Citado no velho testamento, concebido em baixos relevos Gregos e Romanos, ele só se tornaria realidade em 1886, graças a Gottlieb Daimler e Karl Benz, reconhecidos como os verdadeiros pais do automóvel.

Karl Benz

Os primeiros anos

Karl Benz nasceu em 25.11.1844, filho de um condutor de locomotivas em Karlsruhe. O pai morreu apenas dois anos depois do nascimento de Karl. Apesar dos limitados recursos financeiros a mãe tratou de dar-lhe uma boa educação.
Karl Benz
Karl Benz freqüentou o ginásio e estudou depois na Escola Politécnica de Karlsruhe. Conseguiu seu primeiro emprego em Mannheim numa fábrica de balanças como desenhista e construtor. Quando perdeu seu emprego em 1868, ele foi para uma fábrica de máquinas, que se dedicava à construção de pontes. A este emprego seguiu-se uma temporada em Viena, também numa firma construtora de aço.

O início

Karl Benz
Em 1871 Karl Benz fundou junto com o "mecânico" August Ritter sua primeira firma em Mannheim. Como Ritter não era um sócio confiável, Karl Benz pagou a ele com a ajuda de sua noiva Bertha Ringer e continuou com a empresa sozinho.



A empresa Benz & Co.

Benz conseguiu no mesmo ano apoio financeiro dos investidores Max Rose e Friedrich Wilhelm Esslinger. Em outubro de 1883 fundaram a firma "Benz & Co. Rheinische Gasmotoren-Fabrik".
A empresa expandiu-se rapidamente para 25 trabalhadores e até licenças para a construção de motores a gasolina podiam ser vendidas. Benz podia dedicar-se sem problemas ao desenvolvimento de seus motores automobilísticos. Assegurado financeiramente, ele começou com a construção de um veículo de concepção própria, ao qual integraria seu motor de quatro tempos a gasolina, em contraposição à Daimler que montava seu motor numa carruagem adquirida externamente.
Mercedes
Em 1886 ele recebeu uma patente pelo veículo e introduziu seu primeiro "veículo Benz motorizado e patenteado" ao público. Nos anos 1885-1887 foram montados ao todo três versões dos triciclos:o modelo 1, que Benz doou ao Museu Alemão como presente em 1906; o modelo 2 que foi várias vezes modificado e finalmente o modelo 3 com rodas de raios de madeira, que Bertha Benz também utilizou para sua primeira viagem de longa distância.
A demanda crescente por motores estacionários exigiu a mudança da Benz & Co. para instalações produtivas maiores.
Em 1890 a "Rheinische Gasmotoren-Fabrik", com a admissão dos novos sócios Friedrich von Fischer e Julius Ganss, transforma-se na segunda maior fábrica de motores da Alemanha.
Em 1893 Karl Benz introduziu a manga da barra da direção na construção de veículos pesados e em 1896 ele desenvolveu o Contra-Motor, ancestral dos atuais motores boxer (de cilindros antagônicos).

Maior fabricante automobilístico do mundo

Maior Fabricante de automóveis do mundo
O desenvolvimento para números produtivos maiores a Benz & Co. conseguiu com o "Velo".Um automóvel leve, de preço acessível que foi produzido de 1894 a 1901. Este automóvel, pelo número de 1200 veículos produzidos, pode ser considerado o primeiro automóvel produzido em série.
Na virada do século a Benz & Co. se transformaria no maior fabricante automobilístico do mundo.
Em 1899 a firma seria transformada numa sociedade por ações. Ao lado de Karl Benz, Julius Ganss se tornaria membro do conselho responsável pelas atividades comerciais.
De 1890 a 1899 a força de trabalho pulou de 50 para 430 homens. Neste ano, foram construídos 572 veículos pela Benz.



Os últimos anos

A partir de 24.01.1903 Karl Benz retirou-se da vida ativa da companhia, passando a fazer parte do conselho de administração. Sua saída baseou-se no fato da alta administração ter contratado um grupo de construtores franceses para a fábrica de Mannheim, para fazer frente à concorrência da Mercedes, com produtos equivalentes. Isto, contudo, acabou criando disputas internas.
Com Karl Benz sairam também seus filhos Eugen e Richard; Richard, contudo, voltaria em 1904 como gerente de vendas da divisão de automóveis de passageiros. Até o fim daquele ano foram vendidos 3480 automóveis Benz.
Em 1906, Karl Benz fundou a companhia Carl Benz Söhne, em Ladenburg, cujos proprietários eram Karl Benz e seu filho Eugen. Depois de ter falhado o novo negócio com a fabricação de motores de exaustão a gasolina, eles mudaram-se para lá com a construção de veículos e eles produziram, em 1923, 350 veículos "Carl Benz Söhne". A família tinha também, nesse meio tempo, mudado seu domicílio para Ladenburg.
Os últimos anos
Em 1912, Karl Benz retirou-se da atividade, deixando seus dois filhos na direção. A empresa expandiu seus negócios e diversificou suas atividades, como por exemplo a exportação para a Inglaterra, onde os veículos "Benz Söhne" desfrutavam de grande popularidade, especialmente na aplicação de taxís por sua grande confiabilidade.
Em 1923, o último veículo foi produzido, embora um ano mais tarde ele tivesse montado ainda dois veículos de 8/25 HP, que Karl Benz utilizou como veículos privados e de uso comercial. Ambos os veículos existem até hoje.
Contrariamente a Gottlieb Daimler, que morrera já em 1900, Karl Benz pôde conviver com o grande progresso da motorização e desfrutar de seus resultados.
Karl Benz faleceu em 04 de abril de 1929, em sua casa em Ladenburg. Hoje esta casa transformou-se na Fundação Karl Benz e Gottlieb Daimler, como sede da fundação sendo também utilizada como centro de eventos.

Gottlieb Daimler

Os Primeiros Anos

Gottlieb Daimler, Primeiros anos
Gottlieb Daimler nasceu em 17 de março de 1834, em Schorndorf. Estudou latim e freqüentou a escola de desenho.
Depois de uma temporada na França, onde adquiriu experiência prática na construção de máquinas, ele freqüentou de 1857 a 1859 a Escola Politécnica de Stuttgart. Após diversas atividades técnicas na França e na Inglaterra ele conseguiu, em 1862, uma posição como desenhista em Geislingen.
No fim de 1863 Daimler começou a trabalhar como inspetor de oficina da Fábrica de Máquinas Bruderhauses, em Reutlingen, onde conheceria, em 1865, Wilhelm Maybach.
Em 9 de novembro de 1867 casou-se com Emma Kurtz de Maulbronn. Em 1869 trabalhou como gerente de oficinas da Companhia Construtora de Máquinas Karlsruhe e em 1872 transferiu-se para Otto & Langen como gerente técnico da Fábrica de Motores Deutz, onde conheceria o motor Otto de quatro tempos.
Depois de divergências com a direção da empresa, ele deixa a Deutz, em meados de 1882.


A Oficina de testes
Em 1882, Daimler comprou uma villa em Cannstatt, por 75000 Marcos Ouro, valor conseguido graças a seu trabalho na Deutz e à indenização com o encerramento de seu contrato com a fábrica de motores.
No grande jardim da vila, havia uma estufa que Daimler mandou ampliar para montar uma oficina de testes.
A base de Daimler era utilizar exclusivamente gasolina como combustível dos motores, montando-os em todos os veículos possíveis - na terra, na água e no ar. Como procedimento de trabalho ele pensava naturalmente em utilizar o princípio Otto de quatro tempos, que devido ao complicado mecanismo de ignição não permitia grandes rotações.
Daimler resolveu patentear, depois de intensivos testes, um motor não refrigerado, com isolação de calor, com ignição de tubo incandescente não controlada. Esta patente foi uma obra-prima na arte da formulação, já que ela correspondia aos princípios de quatro tempos do motor Otto. Ela transformou-se, assim, numa grande disputa judicial de patentes que a Deutz abriria especialmente depois que Daimler se recusou a permitir o uso gratuito da ignição por tubo incandescente não controlada. A Corte Federal, contudo, graças à sua intervenção pessoal, aceitou a argumentação de Daimler e sua posição prevaleceu.

Os últimos anos

Os últimos anos
Gottlieb Daimler lutava já havia algum tempo com problemas no coração. No inverno de 1892/93 ele adoeceu novamente e no início do ano foi enviado para uma clínica em Florença. Lá ele reencontrou Linda Hartmann, nascida Schwend, que ele havia conhecido entre amigos de Cannstatt. Sua primeira esposa Emma havia falecido em 28 de julho de 1889 e Linda Hartmann, 22 anos mais jovem e muito viajada impressionou-o tanto que ele resolveu casar-se com ela. A cerimônia de casamento ocorreu em 08 de julho em 1893 no "Schwäbisch Hall".
Com seus problemas por exemplo, de coração já evidenciados, Daimler cometeu alguns erros em relação à DMG e recusou, por exemplo adquirir 102 ações adicionais que lhe garantiam o controle majoritário, porque ele mesmo tinha sérias dúvidas sobre a possibilidade de sobrevivência da empresa.
A crescente tensão entre Daimler e Duttenhofer e Lorenz finalmente levou os outros dois acionistas a ameaçá-lo de expulsá-lo da sociedade se a DMG não saldasse uma dívida bancária de 400 000 marcos. Eles o ameaçaram com a falência, a menos que Daimler abrisse sua carteira de ações e colocasse os direitos de suas invenções à disposição por um valor de 66 666 marcos. Para não enfrentar a bancarrota, Daimler concordou. Eles tinham se livrado de Daimler, mas isso não trouxe sorte para a empresa. Nâo havia mais desenvolvimento e os balanços tornavam-se notadamente piores.
Em 1895 uma oferta da Daimler-Motor-Gesellschaft para Maybach recebeu a resposta que ele não voltaria para empresa sem Daimler. Duttenhofer provavelmente jamais teria concordado, se não fosse por outro acontecimento que acabaria provocando uma reviravolta no desempenho do negócio. Através do motor Phoenix projetado por Maybach a fama da Daimler-Motores estava na boca do mundo, e um grupo de industriais ingleses, cujo porta-voz era o sr. Frederick R. Simms, desejou adquirir os direitos de licenciamento deste motor para a Inglaterra. Estavam prontos a pagar a inacreditável soma de 350 000 marcos, com a condição que Daimler fosse reintegrado à empresa. O retorno de Daimler e Maybach acabou provocando um inesperado crescimento nas operações da empresa.
Daimler recebe sua parte acionária de 200 000 marcos de volta, além de um título de usufruto de 100 000 marcos, com o cargo de Conselheiro e Inspetor Geral do Conselho de Administração. Maybach foi nomeado diretor técnico da Daimler-Motoren-Gesellschaft, e também recebeu ações no valor de 30 000 marcos.
Maybach recebeu a incumbência fundamental de desenvolvimento técnico e confiabilidade de produtos, reconstruindo a competitividade dos produtos da DMG.
A construção foi desenvolvida nas instalações do Hotel Hermann que se transformou numa importante base industrial.
O próprio Daimler somente permaneceria por mais cinco anos até sua morte em 06 de março de 1900.

Wilhelm Maybach

Rei dos construtores

Wilhelm Maybach
Wilhelm Maybach nasceu em 09 de fevereiro de 1846, em Heilbronn e lá cresceu com cinco irmãs. A família mudou-se mais tarde para Stuttgart. Com dez anos de idade ele ficou órfão. Na Irmandade de Reutlingen ele freqüentava a escola. O fundador e diretor da irmandade reconheceu muito cedo o talento técnico do garoto e o incentivou.
Em Reutlingen ele também conheceu Gottlieb Daimler, em 1865. Maybach formou uma grande amizade com Daimler cultivada até a morte de Daimler. Com Daimler ele foi para Karlsruhe em 1869 e depois para a fábrica de motores Deutz. Ali inspirado, ele queria construir um motor de combustão leve, de alta velocidade, adequado para veículos na água, na terra e no ar.


Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/mercedes-benz/historia-7.php#ixzz1zmlbBmOD

O primeiro Mercedes-Benz

O primeiro Mercedes-Benz de Maybach
Uma das construções mais marcantes de Maybach foi realizada depois da morte de Daimler, em 1900: a primeira Mercedes, que causou furor na "Semana de Nice", em março de 1901.
Um veículo que claramente se elevava acima de tudo que a Daimler-Motoren-Gesellschaft havia criado ou construído até então e que terminava com as antigas carruagens na construção automobilística.
Apesar do grande sucesso do automóvel Mercedes, Maybach foi alvo de intrigas. Ele foi substituído como Construtor Chefe e suas atividades limitadas a um simples "escritório de inventor".
Em 1907 ele deixou a DMG amargurado. Quando em agosto de 1908 o Zeppelin LZ 4 foi destruído por gaivotas, Maybach ofereceu-se ao Barão von Zeppelin para projetar um motor novo e melhor para o dirigível. As negociações que se seguiram levaram à criação, em março de 1909 da empresa "Luftfahrzeug-Motorenbau-GmbH Bissingen". O diretor técnico era o filho de Wilhem Maybach, Karl que já havia construído o novo motor. Em 1912, a empresa mudou-se para Friedrichshafen. Pai e filho detinham cada um 20% da empresa, mas Wilhelm Maybach deixou a administração da empresa totalmente para o seu filho.
A partir de 1922, automóveis de luxo começaram a ser também produzidos em Friedrichshafen. Um ponto alto da linha de produtos era o Maybach 12 Tipo DS de 1929, o primeiro automóvel com motor V12, que como seu sucessor, o tipo "Zeppelin", seria considerado o correspondente alemão do Rolls-Royce. Wilhelm Maybach faleceu em 29 de dezembro de 1929.

Emil Jellinek

Emil Jellinek
O mundialmente famoso símbolo da Mercedes-Benz teve um início profético.
Representando a triplicidade das atividades da Daimler, fabricante de motores para uso em terra, mar e ar, a estrela de três pontas foi adotada como logotipo em 1909, após a morte de Gottlieb Daimler.
Foi inspirada numa figura que ele havia desenhado num postal, o qual remeteu à sua esposa com o seguinte comentário: um dia essa estrela brilhará sobre a minha obra. Ao longo dos anos, o símbolo passou por várias alterações. Em 1923 foi acrescentado o círculo.
E três anos depois, com a fusão das empresas Daimler e Benz, foi incluída a coroa de louros, do logotipo da Benz. A forma definitiva foi adotada em 1933 e desde então se mantém inalterada.



Hoje em dia

A Mercedes-Benz é, hoje em dia, uma das marcas de automóveis mais conhecidas do Mundo inteiro. A sua fama e diversidade na produção permitem obter grandes lucros e o desenvolvimento tecnológico constante. Os carros produzidos não param de encher os olhos dos consumidores. Muitos famosos compram Mercedes de alto valor e, claro, potência. De forma a variar a sua oferta, a Mercedes diversificou os seus modelos criando carros mais pequenos e menos luxuosos. Porém, a qualidade dos automóveis é sempre um objectivo da marca. A qualidade, aliás, foi sempre uma aliada à empresa garantido serviços de atendimento em todo o mundo. As peças produzidas pela marca são únicas e difíceis de serem ilegalmente copiadas (chaves, motores, suspensões, etc.).
Mercedes Classe A Mercedes Classe A
Além da Mercedes proprimente dita, a DaimlerChrysler AG (nome do antigo grupo, antes da recente venda da Chrysler, que acumulava prejuízos) criou outras marcas mas com os motores Mercedes. Um exemplo delas é o Smart - um carro pequeno e citadino que vai agora na segunda geração. Apesar de ter tido bons números de vendas na Europa, esta marca nunca foi capaz de apresentar lucros, em parte graças ao elevado investimento inicial que não foi partilhado com mais nenhum construtor. Para emendar esse aspecto o actual smart partilha o seu motor de três cilindros com 1.0 litros (e três níveis de potência) com a Mitsubishi. Outra novidade é que este pequeno automóvel passou também a ser comercializado nos Estados Unidos, para já com algum sucesso.



Mercedes-Benz
Mercedes-Benz
TipoDivisão da Daimler AG
Fundação1871
Pessoa(s) chaveGottlieb Daimler Karl Benz Dieter Zetsche, actual presidente
IndústriaAutomóvel
ProdutosAutomóveis Camiões Autocarros Motores
LucroN/D
Websitewww.mercedes-benz.com

Lista de Modelos

Automóveis

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  • Mercedes-Benz OF-1418 (2004- )
  • Mercedes-Benz OF-1618 (1992-1993)
  • Mercedes-Benz OF-1620 (1994-1997)
  • Mercedes-Benz OF-1721 (1998-2004)
  • Mercedes-Benz OF-1722M (2004-)

Chassi e plataformas urbanos de Motor Traseiro

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  • Mercedes-Benz OH-1315 (1988-1995)
  • Mercedes-Benz OH-1316 (70s-1986)
  • Mercedes-Benz OH-1317 (1987)
  • Mercedes-Benz OH-1318 (1988-1997)
  • Mercedes-Benz OH-1417 (2000-2004)
  • Mercedes-Benz OH-1418 (2004-2006)
  • Mercedes-Benz OH-1419 (1976-1986)
  • Mercedes-Benz OH-1420 (1987-2003)
  • Mercedes-Benz OH-1517 (1976-1986)
  • Mercedes-Benz OH-1518 (1987) (2008- )
  • Mercedes-Benz OH-1520 (1988-1992)
  • Mercedes-Benz OH-1621L (1997-1998)
  • Mercedes-Benz OH-1621LE (1998-2004)
  • Mercedes-Benz OH-1623LG (1997-2004)
  • Mercedes-Benz OH-1622 (2008- )
  • Mercedes-Benz OH-1628L (1998-2004)
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  • Mercedes-Benz O-400UP (1994-1996)
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  • Mercedes-Benz O-500U (2001- )

Monoblocos urbanos

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  • Mercedes-Benz O-371UL (1994-1996)
  • Mercedes-Benz O-371UP (1987-1993)
  • Mercedes-Benz O-400UP (1994-1996)

Plataformas articuladas de motor traseiro

  • Mercedes-Benz O-400UPA (1994-2004)
  • Mercedes-Benz O-500MA (2005- )
  • Mercedes-Benz O-500UA (2005- )

Monoblocos, chassi e plataformas rodoviários de motor traseiro

  • Mercedes-Benz O-321 (1958-1969)
  • Mercedes-Benz O-326 (1966-1974)
  • Mercedes-Benz O-352 (1969-1974)
  • Mercedes-Benz O-355 (1972-1978)
  • Mercedes-Benz O-362 (1974-1978)
  • Mercedes-Benz O-364 (1978-1987)
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  • Mercedes-Benz O-370RS (1984-1987)
  • Mercedes-Benz O-370RSD (1984-1987)
  • Mercedes-Benz O-371R (1987-1993)
  • Mercedes-Benz O-371RS (1987-1993)
  • Mercedes-Benz O-371RSD (1987-1993)
  • Mercedes-Benz O-371RSL (1993)
  • Mercedes-Benz O-400R (1994-1996)
  • Mercedes-Benz O-400RS (1994-1996)
  • Mercedes-Benz O-400RSL (1994-1996)
Em 1996, a Mercedes-Benz do Brasil descontinuou sua produção de monoblocos.
  • Mercedes-Benz O-400RSD (1994-2004)
  • Mercedes-Benz O-400RSE (1998-2004)
  • Mercedes-Benz O-500M Buggy (2001- )
  • Mercedes-Benz O-500R (2004- )
  • Mercedes-Benz O-500RS (2004- )
  • Mercedes-Benz O-500RSD (2004- )


Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/mercedes-benz/historia-12.php#ixzz1zmlym9kl

História do Chevette

Chevette "Tubarão"

Chevette
Nos últimos cinco anos da década de 60, foram importados oficialmente pela GM do Brasil modelos Kadett e Olympia, sua versão luxuosa, junto do Rekord que daria origem ao Opala. Talvez tenham chegado para um pré-teste em nossas ruas e estradas e para avaliar a receptividade do público. Vieram nas versões sedã de duas e quatro portas e também fastback. Alguns colecionadores ainda as possuem.
Nosso modelo, fruto do projeto 909, recebeu o nome Chevette, talvez um modo de expressar um pequeno Chevrolet. O investimento para sua fabricação, na unidade de São José dos Campos, SP, atingiu US$ 102 milhões. Apresentado à imprensa em 24 de abril de 1973, na versão sedã de duas portas -- sem quebra-ventos --, com acabamentos Standard e SL, o menor carro da General Motors do Brasil durante décadas fez muito sucesso. Um anúncio à época do lançamento dizia "A GM não faria apenas mais um carrinho", visando realçar seu caráter avançado.
No mesmo ano eram lançados o Brasília da Volkswagen e o Dodge 1800 da Chrysler. O Corcel sofria sua primeira reestilização na frente e traseira. Estes viriam a ser seus concorrentes de maior peso. Todos estes lançamentos vieram na versão duas-portas, incoerente unanimidade nacional na época -- e por muitos anos ainda.
"A GM não faria apenas mais um carrinho", dizia a publicidade. O Chevette de fato trazia grandes qualidades -- e até algumas primazias em segurança.
Chevette
Nosso Chevette tinha linhas modernas -- quantas vezes na história um carro foi lançado antes no Brasil que na Europa? O motor de 1,4 litro e 68 cv (potência bruta) trazia comando de válvulas no cabeçote, acionado por correia dentada -- o primeiro no país. A tração era traseira e o câmbio de quatro marchas; a posição da alavanca lembrava bastante a do Alfa Romeo.
O torque era bom e a velocidade final, por volta de 145 km/h, adequada para a época. Detalhe interessante era a posição do tanque de combustível de 45 litros, logo atrás do encosto do banco traseiro, em posição inclinada -- melhor para a segurança em caso de colisões, impossível, além de não haver risco de furo por algum objeto solto na via. O bocal para abastecimento ficava na coluna traseira direita.
Conta-se que no tempo de postos fechados nos fins de semana, no final dos anos 70, alguns donos de Passat mandavam instalar um tanque suplementar, justamente o do Chevette, dobrando a autonomia. O volante ficava inclinado para a esquerda e os pedais deslocados para o mesmo lado, em função do túnel central de transmissão, o que desagradava alguns proprietários. Mas esterçava incrivelmente bem, graças em boa parte à tração traseira (o Fusca também tinha tração atrás, mas esterçava pouco devido ao tipo de suspensão dianteira, por braços arrastados duplos).
Chevette

Nosso Chevette tinha linhas modernas -- quantas vezes na história um carro foi lançado antes no Brasil que na Europa? O motor de 1,4 litro e 68 cv (potência bruta) trazia comando de válvulas no cabeçote, acionado por correia dentada -- o primeiro no país. A tração era traseira e o câmbio de quatro marchas; a posição da alavanca lembrava bastante a do Alfa Romeo.
O torque era bom e a velocidade final, por volta de 145 km/h, adequada para a época. Detalhe interessante era a posição do tanque de combustível de 45 litros, logo atrás do encosto do banco traseiro, em posição inclinada -- melhor para a segurança em caso de colisões, impossível, além de não haver risco de furo por algum objeto solto na via. O bocal para abastecimento ficava na coluna traseira direita.
Conta-se que no tempo de postos fechados nos fins de semana, no final dos anos 70, alguns donos de Passat mandavam instalar um tanque suplementar, justamente o do Chevette, dobrando a autonomia. O volante ficava inclinado para a esquerda e os pedais deslocados para o mesmo lado, em função do túnel central de transmissão, o que desagradava alguns proprietários. Mas esterçava incrivelmente bem, graças em boa parte à tração traseira (o Fusca também tinha tração atrás, mas esterçava pouco devido ao tipo de suspensão dianteira, por braços arrastados duplos).

O torque era bom e a velocidade final, por volta de 145 km/h, adequada para a época. Detalhe interessante era a posição do tanque de combustível de 45 litros, logo atrás do encosto do banco traseiro, em posição inclinada -- melhor para a segurança em caso de colisões, impossível, além de não haver risco de furo por algum objeto solto na via. O bocal para abastecimento ficava na coluna traseira direita.
Conta-se que no tempo de postos fechados nos fins de semana, no final dos anos 70, alguns donos de Passat mandavam instalar um tanque suplementar, justamente o do Chevette, dobrando a autonomia. O volante ficava inclinado para a esquerda e os pedais deslocados para o mesmo lado, em função do túnel central de transmissão, o que desagradava alguns proprietários. Mas esterçava incrivelmente bem, graças em boa parte à tração traseira (o Fusca também tinha tração atrás, mas esterçava pouco devido ao tipo de suspensão dianteira, por braços arrastados duplos).
Era um carro agradável de dirigir, não muito potente, mas tirava-se proveito do conjunto. Pisando mais, usando a fundo o acelerador, nas trocas de marcha o pneus cantavam sempre e a estabilidade era boa. Não fazia feio na cidade e nas estradas.
Chevette
Foi inovador em itens de segurança, como pisca-alerta e coluna de direção não-penetrante, ainda não exigidos pelo Contran na época, e trazia duplo circuito de freios (um para a frente, outro para a traseira). A suspensão era bem calibrada e não sofreria grandes modificações ao longo do tempo. O carro era estável, difícil de desgarrar, mas o eixo rígido traseiro sacolejava em curvas com piso irregular, transmitindo certa sensação de insegurança, além das molas muito duras afetarem o conforto. Levou tempo para a GM adotar molas mais macias.
Outra inovação era o eixo rígido com tubo de torque. Explicando melhor, todo eixo desse tipo tende a "enrolar", ou girar contra o sentido das rodas sob aceleração forte. Uma das maneiras de controlar a tendência é prolongar a carcaça do diferencial para a frente e articulá-la em algum ponto adiante. Parte do cardã passa por dentro do tubo. É por essa razão que, ao arrancar, o Chevette levantava a traseira em vez de afundar.
O Chevette media 4,12 metros de comprimento, pouco mais que um Fusca. O conforto era apenas razoável para quatro ocupantes, pois o espaço atrás era insuficiente -- os mais altos batiam com a cabeça no teto. Já o porta-malas era ótimo: um slogan da época dizia "pequeno com porta-malas grande". Não batia em vendas o Volkswagen, mas enfrentava bem os outros concorrentes.
Em 1975, já com mais de 100.000 unidades produzidas, era lançada a versão esportiva GP (Grand Prix) em comemoração ao Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1. Foi o carro oficial do evento e oferecido aos pilotos para que rodassem em São Paulo naqueles dias. Conta-se que um deles deixou um modelo no meio da rua, ou seja, não devolveu como previsto.


Chevette "Bicudo"
Chevette
Em 1978 vinha a primeira reestilização. Na frente, o desenho da grade dividida em dois retângulos foi baseado no Pontiac Firebird, esportivo americano. Para o ano seguinte era lançada a versão de quatro portas. O comprimento e o espaço interno permaneciam os mesmos. Fez mais sucesso na exportação do que no Brasil; foi vendido para países vizinhos da América do Sul.
Também em 1979 chegava a série especial Jeans, com forração interna -- bancos e lateral das portas -- de brim azul. A cor externa era prateada e os logotipos adesivos Jeans vinham também na cor azul.
Em 1980 era alterado o desenho na traseira, com inclusão de lanternas maiores e envolventes, e dos pára-choques, mais robustos e com faixa central preta. A gama agora contava também com a versão dois-volumes hatch, lançada no final do ano anterior, e a perua Marajó. Era também oferecido motor 1,4 a álcool. Em fevereiro o Chevette atingia 500.000 unidades produzidas. Esse foi, aliás, o melhor ano para o modelo em vendas internas: nada menos que 94.816 exemplares.
Chevette
Depois de novos pára-choques e lanternas, o Chevette ganhava faróis quadrados para 1981. O ano anterior foi o melhor em vendas internas de sua história, com 94.816 unidades.
Chegava outra série especial, Ouro Preto. A carroceria era dourada e contava com faixas pretas -- ou vice-versa. A versão a álcool recebia ignição eletrônica de série, que seria opcional no modelo a gasolina a partir de 1982.

Chevette S/R

Chevette
Enfim um esportivo de verdade, ou quase: o S/R, lançado para 1981, inaugurava o motor 1,6 e trazia decoração externa interessante, com faixas degradê de preto para cinza ou vice-versa.
Uma nova versão esportiva, SR, chegava em 1981 apenas na carroceria hatch e trazendo o motor 1,6 a gasolina. O acabamento externo e interno, incluindo spoiler traseiro e pintura especial degradê, o diferenciava dos demais. Os faróis de toda a linha eram agora quadrados.
Chevette
Motor: 1.6, 4 cilindros em linha, 8 válvulas (2 por cilindro), carburador de corpo duplo, gasolina, dianteiro, longitudinal.
Cilindrada: 1.599 cm³ Potência: 80 cv a 5.800 rpm
Potência Específica: 50 cv/litro Torque: 11,6 kgfm a 3.600 rpm
Comprimento: 3.972 mm Peso: 898 kg
Largura: 1.570 mm Porta-Malas: Não disponível
Altura: 1.323 mm Tração: Traseira
Freios: Discos sólidos na dianteira e tambores na traseira Câmbio: Manual de 4 marchas


Chevette "Quadrado"
Chevette
Em 1983 o Chevette recebia grande alteração no desenho, a maior até o fim de sua produção. A frente contava com faróis retangulares, grade única com frisos horizontais, capô em cunha e mais inclinado. As lanternas traseiras eram maiores e retangulares.
A reestilização foi inspirada no Monza, modelo idêntico ao Opel Ascona alemão, lançado no Brasil no ano anterior na versão hatch três-portas (inexistente na Europa). E deu certo: o Chevette seria, pela primeira vez, campeão de vendas brasileiro com 85.984 unidades vendidas. Em fevereiro havia sido fabricado o exemplar número 750.000.
As janelas -- na contramão da tendência mundial, expressa por exemplo no Monza quatro-portas -- recebiam quebra-ventos, atendendo a mais uma discutível "preferência nacional" de então. Por dentro também havia modificações, incluindo o painel. No conjunto mecânico as novidades ficavam por conta do motor 1,6-litro a álcool e do câmbio de cinco marchas opcional, que tinha engates precisos e macios. Mas o curso da alavanca ficou maior e a rapidez nas trocas foi prejudicada. O 1,6 a gasolina passava a toda a linha (restando o 1,4 para exportação), mas usando carburador de corpo simples --- o de corpo duplo, adotado até então no S/R, só voltaria em 1988.
Chevette
Na linha 1984 aparecia o pequeno picape Chevy 500, em alusão à capacidade para meia tonelada de carga (motorista incluído). Concorria com Fiat Fiorino/City, VW Saveiro e Ford Pampa. Mas era o único com tração traseira, uma vantagem por permitir maior eficiência quando carregado. No ano seguinte o Chevette atingia a marca de 100.000 unidades exportadas e ganhava a opção do câmbio automático de três marchas. Não teve sucesso -- a procura era muito pequena, mas foi produzida até 1990.
Para 1987 houve nova revisão do desenho, com pára-choques envolventes, grade integrada a ele, tomadas de ar inferiores e lanternas maiores. Era lançada a opção de acabamento SE, mais luxuosa e com painel mais completo, incluindo luzes para controle de consumo. As versões quatro-portas e Hatch deixavam de ser produzidas. Em março o Chevette chegava ao milionésimo carro produzido.
Chevette
No ano seguinte o motor 1,6 era retrabalhado, passando a se chamar 1.6/S. Reduziu-se o peso dos pistões e das bielas e foi introduzido um carburador de corpo duplo, com o segundo estágio acionado somente em altas rotações. O coletor de admissão ganhou novo desenho. O desempenho melhorou: de 73 para 81 cv (álcool). O SE passava a se chamar SL/E, padronização com as linhas Monza e Opala.
Com a modernização da concorrência -- lançamento do Uno, adoção de motor refrigerado a água pelo Gol --, o Chevette estava envelhecendo. Em 1989 a fabricação da Marajó era encerrada. Em seu lugar viria a perua Ipanema, derivada do Kadett. Em 1991 a versão DL tornava-se a única. No ano seguinte recebia catalisador, para atender a novas normas de emissões poluentes.
Um ano e meio depois do Uno Mille, que inaugurou o segmento 1-litro no mercado, a GM lançava em março de 1992 o Chevette Junior, com acabamento despojado e apenas 50 cv de potência. Até os vidros eram mais finos para reduzir o peso, uma vã tentativa diante da ineficiência da tração traseira, com seu pesado eixo cardã, em um carro tão fraco. Apesar do consumo divulgado de 15,5 km/l em estrada, foi um fracasso. Entrou e saiu do mercado discreto, já no ano seguinte.
Em 1993 o governo definia os critérios -- se é que se pode chamá-los assim -- do "carro popular". O lobby da Volkswagen foi forte, incluindo o Fusca (pedido pelo então presidente Itamar Franco) e a Kombi na categoria, apesar do motor 1,6. A GM não deixou por menos e obteve aprovação para um Chevette mais forte, da mesma cilindrada, enquanto os concorrentes Escort, Gol e Uno ficaram mesmo com 1 litro.
Chevette
A versão L passava a ser a única opção do pequeno da GM, com acabamento básico e motores a gasolina e álcool. Em 12 de novembro do mesmo ano, após duas décadas de sucesso, o último Chevette deixava as linhas de montagem, totalizando 1,6 milhão de unidades vendidas. O Corsa, mais moderno, assumia a posição de caçula da marca. Restaria em produção apenas o picape Chevy 500 DL, descontinuado em 1995.
A GM ainda mantém, na unidade de Mogi das Cruzes, SP, a produção de peças de estamparia para Chevette, Opala e outros modelos fora de linha, pois são muitos ainda no Brasil -- atitude louvável num país que raramente preserva sua memória. A última versão produzida teve uma unidade guardada para o futuro museu da marca. Duráveis e robustos, diversos exemplares do Chevette resistem ao tempo -- e ainda vão rodar muito.

Cronologia

Unidades produzidas: 1.630.000
1973 - Inicio produção
1973 - Especial
1975 - SL e GP
1978 - Reestilização
1979 - Chevette 4 portas e versão Jeans
1980 - Hatch e novos pára-choques
1981 - Novos faróis, Marajó, versão S/R com motor 1.6
1982 - Motor 1.6
1983 - Reestilização e câmbio 5 marchas
1984 - Pick-up Chevy
1985 - Câmbio automático opcional
1987 - Reestilização
1988 - Motor 1.6S
1989 - Fim da Marajó
1990 - Fim do Câmbio automático
1991 - Apenas a versão DL
1992 - Versão Júnior 1000
1993 - Término produção
1995 - Término produção Chevy

Chevette 83
Chevette 83
Em 1983 foi feita um verdadeira reforma no design, pois além da frente e traseira redesenhadas, trazia câmbio de cinco marchas e motor 1.6 para toda linha, com carburação simples ou dupla (´´S´´) por litro, e motores a gasolina e álcool. Foi equipado com motores de 1,0 o Chevette Júnior (1993) e 1,4 para exportação.
A última unidade do Chevette no Brasil saiu da fábrica em 12 de novembro de 1993, já como modelo 1994. Entretanto, é comum encontrá-los rodando pelas ruas, uma vez que foi um modelo que alcançou um expressivo número de vendas (cerca de 1,6 milhões de unidades) e demonstrou ser bastante robusto, arrebatando uma legião de fãs. O Corsa de segunda geração tornou-se seu sucessor no Brasil, repetindo o mesmo sucesso.
Último Chevette 93 modelo 94 fabricado na GM de São José dos Campos-SP
Último Chevette 93 modelo 94 fabricado na GM de São José dos Campos-SP
O Chevette nasceu e cresceu na estrada. Desde a produção dos quatros primeiros protótipos da frota de teste até o lançamento, esses veículos percorreram cerca de 1.400 km por dia, atingindo um total de 750.000 km.

O Lançamento do Chevette

O avanço tecnológico e o consumo marcaram os anos 70 no Brasil. Foi nesse clima de efervescência industrial que a GMB realizou seu segundo grande lançamento: o primeiro carro pequeno da família Chevrolet, com motor de 1.400 cm3 e 68 HP de potência bruta a 5.800 rpm, especialmente desenvolvido para esse modelo.
Apresentado oficialmente à imprensa no dia 24 de abril, o Chevette se consagrou por alguns itens que obtiveram a unanimidade dos jornalistas especializados que o tiveram nas mãos para testá-los – na época, com as pistas do CPCA em início de construção, os testes eram realizados nas pistas internas da Fábrica de São José dos Campos - design internacional, conforto interno, dirigibilidade, manobrabilidade, estabilidade e acima de tudo, segurança. Acompanhe abaixo uma das primeiras reportagens apresentando o Chevette ao público brasileiro.
À frente de seu tempo, o Chevette incorporava itens de segurança como sistema de direção não-penetrante e pisca-alerta superiores aos exigidos pelo Contran em sua resolução mais recente. Outro item de destaque: o sistema hidráulico de freio com duplo circuito, independente nas rodas da frente e nas de trás.
No dia seguinte ao lançamento, Joelmir Betting escrevia em sua coluna da Folha de São Paulo: “O Chevette leva a chancela da GM e a GM não brinca em serviço. Um investimento superior a US$ 100 milhões permitiu à GMB não apenas desenvolver o novo carro, mas dotar a fábrica de condições para dar resposta imediata a qualquer tipo de solicitação do mercado. A verdade é que o Chevette constitui um novo divisor de águas dentro do mercado brasileiro de carros novos. Simplesmente porque toca fogo no grande paiol da concorrência, a do primeiro degrau da escalada do brasileiro na direção do carro próprio: a faixa do mais barato, a do primeiro carro do indivíduo e, já agora, a do segundo carro da família”.
O ÚLTIMO CHEVETTE PERCORREU OS 2.813 METROS da linha de produção de São José dos Campos no dia 12 de novembro de 1993. Da funilaria à linha final, cada encaixe, cada aperto, cada teste teve um agradável sabor de despedida, de missão cumprida. Sai de cena um produto vitorioso, que manteve sua participação no mercado sempre em evidência – 73 mil veículos vendidos por ano na média do primeiro decênio – e que encerra sua produção com o mesmo volume do ano do lançamento – mais de 30.000 unidades. No porta-malas da última unidade, uma bagagem de confiança: atrás de si já aponta outro vencedor.

Cronologia

Chevette1973 - A imprensa especializada confere ao Chevette o título de carro do ano. Os jornalistas rodaram 11 mil quilômetros com o Chevette durante o ano de 1973 para elegê-lo o melhor carro nacional existente no mercado.
Chevette1974 - Neste ano a fábrica comemora, além do título, duas marcas importantes: a produção do 50.000 Chevette em 26 de março e a do 100.000 em 13 de novembro. No total, foram vendidos 31.324 unidades em 1973 e 74.963 em 1974 no mercado interno.
Chevette1975 - Continuando a trajetória de sucesso iniciada no lançamento, as vendas atingem a marca de 62.519 unidades comercializadas no País. Em 17 de setembro, pela primeira vez a GMB utiliza o Campo de Provas da Cruz Alta para fazer a apresentação de sua nova linha, aos jornalistas. Em abril, o primeiro Chevette especial desfila pelas ruas.
Chevette1976 - A linha Chevette cresce com o lançamento da sua Pick-up 4 cilindros, a Chevy-4. Em 20 de fevereiro a GMB comemora a produção de seu 1.000.000 veículo Chevrolet: um Chevette GP amarelo. Em 24 de maio o MVA comemora a produção do 200.000 Chevette. As vendas internas deste ano totalizam 70.733 unidades. A vedete da linha Chevrolet 76 é o SL (Super Luxo), com requintes de acabamento.
Chevette1977 - O – Chevette GP II chega ao mercado em 23 de janeiro com mudanças no motor que o tornam ainda mais econômico. Em 18 de fevereiro a fábrica celebra a produção do 250.000 Chevette. A empresa estuda modificações no design para o próximo ano. As vendas internas registram 65.964 veículos comercializados. A GMV lança o esportivo modelo Chevette GP II em São Paulo durante o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1.
Chevette1978 - Em 19 de janeiro o novo Chevette GP II é lançado no Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 do Rio de Janeiro. A Novidade da linha Chevette é a modificação da frente (facelift), que passa a ter formato de cunha, com duas grades ovaladas. As vendas no mercado interno chegam a 86.384 unidades.
Chevette1979 - Para aumentar as opções do já fiel proprietário de Chevette, a empresa coloca no mercado o modelo 4 portas, motor 1.4 L A gasolina e promete novidades para a linha 80. O volume de vendas internas chega aos 90.084.


Chevette
Chevrolet Chevette
Chevette 1980 - A fábrica de São José dos Campos produz seu 500.000 Chevette em 8 de fevereiro. Em 2 de julho a empresa lança o motor 1.4 L a álcool para o Chevette. Totalmente redesenhado a partir da coluna central, o novo Chevette Hatch chegou ao mercado como promessa de recorde. E a cumpriu: 94.816 veículos comercializados no mercado interno. O novo Chevette Hatch com 3 portas vem aumentar a linha e as vendas.
Chevette1981 - O já moderno modelo Hatch ganha uma versão especial, muito esportiva e mais potente: o Chevette SR vem equipado com motor 1.6 L a gasolina. Em 31 de março o Chevette Hatch recebe o título de Carro do Ano 1980 da revista Autoesporte. As vendas internas ficam na casa dos 69.941 veículos. A família cresce com o lançamento da STATION WAGON MARAJÓ.
Chevette 1982 - Um pequeno facelift na linha Chevette prepara o consumidor para novas e maiores mudanças. As vendas crescem em relação ao ano interior: 75.163 veículos consumidos no mercado ibnterno. Chega com mudanças nos faróis, grades e lanternas.
Chevette 1983 - O segundo grande facelift da linha provoca mudanças na frente – mais rebaixada, com faróis trapezóides – e na traseira do veículo – mais alta. Em 17 de fevereiro o MVA orgulha-se de produzir o 750.000 Chevette, que assume a liderança de vendas no País, com suas 85.984 unidades comercializadas no mercado interno. A linha Chevette passa por total reestilização e ganha motor 1.6 L a álcool.
Chevette 1984 - um ano de comemorações para a GMB. A fábrica de São José dos Campos completa 25 anos e o Campo de PROVAS DA Cruz Alta 15. Para marcar a data, a linha 85 é novamente apresentada ao público no CPCA. As vendas internas somam 57.876 unidades. Chega a Pick-up Chevy-500 com motores 1.6 L álcool e gasolina.
Chevette1985 - A fábrica de Motores produz o 1.000.000 motor de Chevette em 10 de junho. No mês de outubro, a produção do veículo chega ao número 850 mil. O total de vendas internas soma 61.526 unidades. A exportação do Chevette atinge o total de 100.000 veículos.
Chevette1986 - A dupla Marcelo Aiquel e Ronaldo Nique lideram 80 voltas dos 500 quilômetros de Guaporé, no Rio Grande do Sul. Neste ano, as vendas internas ficam na casa dos 67.182 veículos comercializados.
Chevette1987 - Com o perfil mais aerodinâmico, a linha 87, composta pelos Chevette SE, SL e Sedan, ganhou capô rebaixado e painel em forma de cunha, com nova grade, espoiler mais baixo e tomadas de ar mais espaçadas. Vendas internas 45.727 unidades. Em março o MVA chega ao 1.000.000 Chevette produzido.
Chevette 1988 - A introdução de um novo carburador de corpo duplo estagiado resulta um aumento considerável de potência, mais 10 c.v., no motor a álcool. Obtem-se também uma otimização dimensional, com redução das massas oscilantes. As vendas internas ficam na faixa dos 56.301 veículos. Os motores álcool e gasolina do Chevette recebem melhorias.
Chevette 1989 - A station-wagon derivada do Chevette sai de linha neste ano. Durante os anos em que esteve em produção, acompanhou todas as inovações tecnológicas apresentadas pelo Chevette. Foram comercializados 40.701 veículos no mercado interno. Último ano de fabricação da Marajó.
Chevette 1990 - Ele chega para dar mais brilho à linha Chevette. O modelo DL traz todo o conforto e economia de seus antecessores, aliado a um acabamento externo e interno de luxo. Neste ano, as vendas no mercado brasileiro foram de 26.786 unidades.
Chevette 1991 - Gostoso de dirigir, confortável e com amplo porta-malas (323 litros). O Chevette DL oferece a economia e agilidade que o trânsito urbano exige e a garantia da mecânica Chevrolet. Foram vendidas 20.554 unidades no mercado interno.
Chevette 1992 - O Chevette DL mostra a sua faceta ecológica. A emissão de gases poluidores passa a ser controlada com a instalação do conversor catalítico, nas versões a álcool e a gasolina. As vendas internas chegam à casa das 29.629 unidades.
Chevette 1993 - Atendendo à solicitação do presidente da República, Itamar Franco, em apenas um ano a Empresa passa a produzir o Chevette L, a chamada versão popular, com motor 1.6 a álcool e gasolina. Nenhum outro carro dessa faixa de mercado possui motor tão potente, nem porta-malas tão grande: 323 litros. Os outros modelos da linha deixam de ser produzidos. As vendas internas perfazem um total de 31.865 veículos.
Chevette Junior – Para atender à crescente demanda de veículos de pequeno porte com motores de baixo consumo, a GMB desenvolve e lança o Chevette Júnior, com motor 1.0 – este modelo percorria, em média, 11,15 km/litro na cidade e 15,5 km/litro na estrada. Foi o precursor do carro popular, lançado no ano seguinte. E as vendas? Internas, 20.554 veículos.
Fonte: www.chevettemania.net


Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/chevette/chevette-7.php#ixzz1zmjbexN7